👉A Ilha do Coral é histórica por ter dois importantes sítios de artes rupestres. O simbolismo das mensagens conservadas em letreiros e painéis de pedra, reserva um mistério de como vivia aquela civilização. Com vegetação nativa formada por árvores de médio porte, assim como algumas árvores frutíferas introduzidas, como bananeiras e ameixeiras, a ilha é escarpada, cercada de costões rochosos, sem praias naturais (de areia) e tem como ponto mais alto uma elevação de 64 metros de altura. As águas ao largo, são de tom azul-cobalto e até o presente momento não há nenhum levantamento relevante sobre a fauna e a flora insular.
👉Durante anos , o Sr. Jõao Zeca, que já faleceu, foi o responsável pela proteção e preservação da ilha que está localizada a 45 minutos de barco da praia de Garopaba. Nela há um velho farol. Atualmente, o local se encontra interditado para embarcações e até mesmo a visitação, e pertence à Marinha do Brasil.
O MORADOR ERMITÃO
Por trinta e seis anos, João Manoel Borges (12 de julho de 1918 — 29 de maio de 2000), popularmente conhecido como «Zé d’Angerca» ou «Zé das Cabras» viveu sozinho na ilha, sem amigos nem família, que moravam no continente. Borges foi para a ilha após a morte da esposa no parto da filha caçula, em 1962, e entregou a filha recém-nascida a uma irmã, além de ter deixado o único filho homem também aos cuidados de parentes.
Durante tal degredo voluntário, esse eremita construiu um casebre de três cômodos e fez picadas e roçados em terrenos íngremes por toda a ilha do Coral. Analfabeto e com dificuldades de se expressar, ia uma ou duas vezes por ano ao continente, sobretudo para visitar as filhas e ir ao banco. Na ilha, criava galinhas e cabras e cultivava sobretudo feijão, abóbora e mandioca.
Em 1999, com 80 anos e já doente após sofrer um derrame cerebral um ano antes, foi obrigado a mudar-se para o continente. Ele Morreu no município de Paulo Lopes, litoral catarinense, de causas não explicadas, aparentemente suicídio, já que nunca se acostumou ao retorno para o continente.
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